Em um esforço para promover maior compreensão e reforçar apoio internacional às Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs), a FBAC (Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados)  teve a honra de receber a visita de um grupo de agentes sociais alemães, dedicados a promover o impacto social e a filantropia. Sophie Eisenmann, Chefe de Impacto Social e Filantropia no Grupo de Sustentabilidade e Impacto, Tobias Schmidt, Consultor de Filantropia nos Serviços de Filantropia da UBS & Fundação Optimus Europa, e Marcus Witzke, CEO da Fundação Hoffungsträger, lideraram a delegação, demonstrando um profundo interesse em conhecer de perto o trabalho das APACs e a orientação fornecida pela FBAC, além de reforçar parcerias. A visita, ocorrida nos dias 06, 07 e 08 de novembro, foi um momento revelador para os visitantes alemães, que foram acompanhados por funcionários da FBAC.

A delegação alemã foi recebida para uma visita, em São João del Rei-MG, com entusiasmo pelos representantes da FBAC, Valdeci Ferreira, diretor do CIEMA, Dênio Marx, Analista de Relações Internacionais, Gabriela Meyer e Lucas Coutinho, ambos Auxiliares Administrativos da FBAC. 

O ponto de partida da visita ocorreu no Presídio de São João del Rei, onde os visitantes se depararam com a dura realidade das condições carcerárias e a superlotação do sistema prisional comum. “Ficamos chocados com a condição dos presos e a superlotação da cela”, comentou Sophie Eisenmann. 

Em seguida, os visitantes conheceram a APAC Masculina de São João Del Rei. Lá, tiveram a oportunidade de visitar as instalações do regime semiaberto, incluindo a padaria, a cozinha, o Centro Médico, a marcenaria e outras oficinas, bem como as instalações do regime fechado. A visita à APAC Masculina culminou com um emocionante encontro no auditório do regime fechado, no qual os recuperandos abençoaram e cantaram para os visitantes. Além disso, os visitantes tiveram um momento de fala, expressando sua admiração pela diferença notável entre o sistema comum que visitaram e o modelo APAC, chegando a compará-lo com “céu e inferno.”

O terceiro momento da visita, levou-os à APAC Feminina de São João del Rei, onde participaram de uma ação do Programa “Caminhos da Promessa” , ocasião em que houve uma ação com as recuperandas e suas famílias. A ação incluiu relatos emocionados das mães e filhos, que agradeceram pelo kit de materiais escolares, doado pela organização dos visitantes em parceria com o Programa, bem como um momento musical especial, com destaque para o filho de uma recuperanda tocando violino e cantando.

No dia seguinte, 07 de novembro, os visitantes alemães seguiram para Itaúna, onde conheceram as instalações e funcionários da FBAC. Durante o almoço com a equipe da FBAC, eles aproveitaram a oportunidade para discutir sobre o sistema carcerário brasileiro e as APACs com os funcionários, trocando ideias e experiências. Após esse momento de partilha e reflexão, os investidores se reuniram com a diretoria da FBAC para discutir, não apenas os aspectos da visita, mas também as potenciais parcerias entre a FBAC, as APACs e os investidores alemães. 

O último dia da visita da delegação alemã ao Brasil foi marcado por uma reunião institucional importante. Os membros da missão do Banco UBS reuniram-se na sede da AMAGIS – Associação dos Magistrados Mineiros, com os Conselheiros da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), incluindo o juiz Luiz Carlos Rezende e Santos e representantes da organização “Minas pela Paz”.

De acordo com Dênio Marx, que acompanhou toda a visita, a reunião proporcionou uma oportunidade valiosa para os participantes conhecerem mais sobre o trabalho realizado pelas APACs e pela FBAC, bem como entender o apoio incondicional que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, tem oferecido às APACs nos últimos anos. Além disso, a reunião destacou o apoio do empresariado e das instituições em fortalecer as APACs e criar comunidades produtivas por meio do Instituto Minas pela Paz. Durante o encontro, os visitantes alemães demonstraram interesse ao fazer várias perguntas, incluindo questões sobre o financiamento das APACs, como elas se consolidam e, principalmente, por que o método APAC ainda não atingiu uma escala nacional, apesar de ser uma alternativa tão interessante para humanizar o sistema penitenciário.

Esta visita demonstra a busca da FBAC, por parcerias e sinergias internacionais para  continuar a revolucionar o sistema prisional brasileiro. A troca de experiências com agentes sociais  estrangeiros é um passo significativo para a evolução e ampliação do impacto positivo das APACs na sociedade. A visita representou um passo adicional na busca por ajudar a FBAC a expandir o alcance do Método APAC a nível nacional.

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