Durante os dias 22 a 25 do mês de junho, foi realizado o 9° Congresso das APACs em Belo Horizonte, Minas Gerais, que teve como objetivo principal comemorar o Jubileu das APACs, ou seja, comemorar os 50 anos de existência dessa grandiosa causa.
O evento organizado pela Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), contou com a presença de várias personalidades como o desembargador José Arthur Filho, recentemente eleito o novo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e o britânico Andy Corley, presidente da Prison Fellowship International, a maior organização mundial de ministérios trabalhando no campo da justiça criminal.
As atividades pré-Congresso tiveram início na manhã do dia 22/06, com o credenciamento dos participantes, enquanto acontecia a Assembleia dos Presidentes das APACs. Às 19h, foi dado início à Cerimônia de Abertura em que bandeiras brancas e azuis, apresentações de recuperandos (as), e o pronunciamento de membros do Conselho de Administração da FBAC agraciaram a noite. Por fim, o evento foi encerrado com a Conferência Magna sobre o tema do Congresso: “Ninguém é irrecuperável”, regida pelo desembargador Thiago Pinto.
No segundo dia, foram realizadas Mesas Redondas e Conferências pela manhã. A parte da tarde foi marcada por oficinas de diferentes temáticas a fim de enriquecer o conhecimento dos congressistas sobre a metodologia APAC e seu constante desenvolvimento. O dia foi encerrado com um tributo a Mário Ottoboni e sua trajetória de criação do Método APAC, com apresentações artísticas e a entrega da Medalha Mário Ottoboni ao Conselheiro-corregedor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), Durval Ângelo, ao Ubirajara Rabello, um dos primeiros recuperandos da APAC de São José dos Campos/SP, e ao ex-Diretor-geral da FBAC, Valdeci Ferreira.
O terceiro dia ficou marcado pelas emocionantes visitas às nove APACs da região metropolitana, que vislumbrou os congressistas advindos de mais de 10 países. No cair da tarde, o comovente ambiente de amor e as energias positivas emitidas ao longo do dia preparam para o lançamento do mais novo livro apaqueano: APAC – A Revolução do Sistema Penitenciário, escrito por Valdeci Ferreira. Por fim, o dia terminou com uma noite cultural, movida a bons ritmos e dança, um coquetel que reuniu conversas e risadas, somados a mais belas apresentações.
Na manhã do último dia do Congresso a Mesa Redonda sob o tema: “A Visão Global do Método APAC”, abordou as experiências do México, Costa Rica, Paraguai e Alemanha na aplicação do Método APAC, mediados pela nicaraguense Dorestela Medina, Diretora Regional da Prison Fellowship International (PFI). Seguindo o mesmo tema, o presidente e CEO da PFI, Andrew Corley, ressaltou o quão impressionado estava com o movimento apaqueano no Brasil, e sua capacidade de transformar as prisões em locais propícios para a recuperação e esperança para o mundo inteiro. Os sorrisos, gestos de amor e solidariedade ao visitar as APACs marcaram a sua experiência.
O dia ainda foi permeado por espetáculos artísticos de vários recuperandos e recuperandas, e até mesmo uma Mesa Redonda em que se compartilhou histórias de reencontros entre familiares de vítimas e os respectivos infratores, em que o perdão prevaleceu, enchendo os olhos de todos os espectadores.
Próximo do encerramento do evento, o ex-Diretor-geral da FBAC, Valdeci Ferreira, se pronunciou emocionado sobre a trajetória da entidade, e passando adiante a direção da FBAC à Tatiana Faria, que até então atuava na FBAC, há mais de 13 anos, atualmente como Gerente Jurídica e de Parcerias da entidade.
O evento teve o encerramento de todas as suas atividades com uma celebração à misericórdia pelo pastor e ex-recuperando, Daniel Luiz da Silva, e pelo padre, Amarildo José de Melo, deixando com toda certeza boas memórias, bons aprendizados, e fortemente a certeza de que: “Ninguém é irrecuperável”.
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