Aconteceu no sábado, 18 de junho, às 15 horas, no auditório do Cartório Eleitoral a cerimônia que marcou o encerramento do Curso de Formação de Voluntários da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, APAC de Manhumirim.

Integrando a mesa de honra, alguns entre aqueles que apoiam a associação, Renata Elisa Portes, presidente da APAC, Hélio Mendonça, presidente da Câmara, Ronaldo Lopes Correa, prefeito de Manhumirim, José Gomes, vice-prefeito de Alto Caparaó, Aparecida Moreira, da APAC de Manhuaçu e Newton Cerqueira Júnior, assessor jurídico da APAC. O Juiz de Execuções Penais da Comarca, Daniel Ulhoa justificou sua ausência por ser dia de plantão, mas ele tem sido o grande incentivador da implantação da APAC no município, dentro do Projeto Novos Rumos na Execução Penal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O Comandante da 29ª Cia de Polícia Militar, Capitão Rogério Pereira também justificou sua ausência. Estavam presentes o vereador de Manhumirim Jésus Aguiar, a vereadora Emily Bracks que fez o curso e vereadores de Alto Caparaó e Alto Jequitibá.

Os discursos foram elucidativos sobre a importância de buscar o resgate de um detento como multiplicador do bem, já que este trabalho se estende à toda sua família. E criminosos costumam iniciar crianças e jovens neste caminho. O trabalho da APAC pode quebrar esta corrente da criminalidade de maneira muito mais barata para os governos. A leitura bíblica foi feita por José Geraldo Barbosa, integrante da diretoria da associação, colunista do Jornal Tribuna do Leste, da Folha de Ibirité e também de sites locais. Ele lembrou que quem se dedica a trabalhos humanitários conquista a felicidade, o bem-estar próprio.

O método APAC é baseado na valorização humana através da evangelização, oferecendo uma alternativa de humanização do sistema prisional no Estado. Enquanto o projeto do Tribunal de Justiça do Estado incentiva a criação das APACs nas comarcas, a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), coordena e fiscaliza a metodologia aplicada nas associações.

Na cerimônia foram entregues 92 certificados aos voluntários.

A APAC de Manhumirim tem conseguido mobilizar a sociedade em torno do tema da recuperação e reinserção social de detentos, mostrando como o ser humano pode encontrar um caminho de vida mais produtivo se forem oferecidas a ele oportunidades. E estas pessoas, recuperadas, deixam de oferecer risco à sociedade.

Na APAC o preso tem orientação religiosa, jurídica, estuda, aprende uma profissão e tem atendimentos necessários ao seu caso, como psicológico, médico, tudo através de trabalho voluntário. A prova de que a população de Manhumirim está entendendo a grandeza deste trabalho é sentida não só pelo apoio do poder público e da sociedade civil organizada, mas pelos 92 certificados que foram entregues na cerimônia de encerramento do curso, para pessoas de todas as faixas etárias que durante três meses se dispuseram a dedicar seus sábados a aprender uma forma legítima de ajudar ao próximo. Inclusive a associação deixa claro que somente com a participação da comunidade é possível desenvolver o trabalho da APAC satisfatoriamente.

A presidente da APAC Renata Elisa Portes agradeceu a participação e o apoio de todos: “Eu não imaginava que tantas pessoas iriam fazer o curso até o final e este resultado foi uma grata surpresa. Vamos precisar de todos vocês.” Ela destacou a ajuda preciosa da Câmara de Manhumirim- onde o curso teve sua aula inaugural no dia 12 de março e sempre apoiou a APAC- da Prefeitura de Manhumirim, incluindo a Secretaria de Assistência Social, do Cartório Eleitoral, das prefeituras de Alto Caparaó e Martins Soares, do delegado de Polícia Civil Wendgel Rebouças e da Polícia Militar.

 

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