Foi lançado na noite do dia 16 de março o livro “A Execução Penal à Luz do Método APAC”. Tendo como organizadora a Desembargadora Jane Ribeiro Silva, prefácio do Governador Antonio Anastasia e posfácio do Desembargador e Coordenador do Programa Novos Rumos do TJMG Joaquim Alves de Andrade, “o livro se propõe examinar a Lei de Execução Penal à luz da jurisprudência e da doutrina, matéria que conta com escassa bibliografia, e ao mesmo tempo divulgar um eficaz método de sua aplicação, de autoria do advogado paulista Mário Ottoboni.”
Paulo Antônio de Carvalho, Juiz de Direito da Comarca de Itaúna e Presidente do Conselho Superior da FBAC, que foi convidado a falar em nome de todos os autores do livro, enfatizou que o evento, assim como o lançamento do então Projeto Novos Rumos em 2001, representa um marco na execução penal. Relembrou os tempos difíceis e heróicos no início da APAC de Itaúna, onde “somente a persistência e a determinação conseguiram vencer a desconfiança da sociedade e do próprio Estado.”
“Eliminar o erro sim, mas salvar quem errou. Este ensinamento de Santo Agostinho consegue sintetizar o Método APAC.” Assim iniciou sua fala o 2º Vice-Presidente e Superintendente da EJEF, Desembargador Joaquim Herculano Rodrigues. “Os testemunhos de ex-recuperandos, recuperandos da APAC, seus familiares e de todos os envolvidos demonstram enfaticamente a eficiência do Método. Realmente, o êxito desta iniciativa precisa ser divulgado, para fazer calar a voz daqueles que ainda não crêem na capacidade transformadora do amor e do perdão.”
O Governador do Estado de Minas Gerais, Professor Antonio Anastasia, recordou a sua visita à APAC de Itaúna e como aquilo o afetou pessoalmente, ao perceber como seria possível alterar um quadro aparentemente inalterável. Lamentou que o Estado não tenha recursos suficientes para colocar uma APAC em cada comarca, mas tem plena convicção que esse dia chegará. ” A metodologia tradicional penitenciária não permite que aquele que errou se recupere, enquanto que a APAC recupera, recupera e recupera.”
O idealizador do Método APAC, Mário Ottoboni, esteve representado pelo Desembargador Silvio Marques Neto, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
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