Nos dias 29 e 30 de abril foi realizado pela FBAC, com suporte e financiamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), encontro para os dirigentes das APACs femininas. Estiveram presentes os funcionários da FBAC e representantes das APACs femininas de Conselheiro Lafaiete, Frutal, Governador Valadares, Itaúna, Pouso Alegre, Rio Piracicaba e São João del-Rei. O encontro objetivou partilhar as realizações das APACs, bem como refletir sobre os desafios que enfrentam para a aplicação da metodologia no universo feminino.

O juiz de Direito da Comarca de Rio Piracicaba, Dr. Carlos Pereira Gomes Júnior, participou da abertura do encontro e acolheu aos participantes com as palavras: “Agradeço e acolho a todos vocês. Trabalhar na Execução Penal é algo desafiador e fascinante ao mesmo tempo. Estamos muito felizes que a FBAC decidiu realizar este encontro em nossa Comarca. Sejam todos bem vindos. Sempre que precisarem, podem contar conosco.”

Valdeci Antônio Ferreira, Diretor Executivo da FBAC, coordenou os trabalhos e logo no início explicou o sentido do encontro aos participantes: “A mulher, por tudo que é e representa, é fundamental no Projeto das APACs. Estávamos ansiosos para realizar este encontro. Temos a certeza de que Deus está conosco. Sabemos que será um grande encontro e esperamos que possa ser um divisor de águas na caminhada das APACs femininas. Decidimos não fazer um curso, mas um encontro, para que cada qual possa se sentir à vontade, festejando, partilhando, refletindo e buscando juntos, soluções para os desafios que as APACs vivenciam em seu cotidiano.”

 

Ana Paula, Encarregada de Segurança da APAC de Rio Piracicaba, disse que “todos na APAC ficaram extremamente lisonjeados em sediar este primeiro encontro das APACs femininas. Este encontro abriu nosso leque. Percebemos que a FBAC se importa conosco. A troca de experiências está sendo fundamental, visto que outras APACs já encontraram soluções para problemas que também estamos enfrentando em nosso cotidiano.”

Para Maria Anete, Encarregada de Segurança da APAC de Conselheiro Lafaiete, “este foi um encontro motivacional espetacular. Sinto-me fortalecida para retornar e contribuir mais para a caminhada da APAC, buscando novos caminhos de diálogo, entrosamento da equipe e acompanhamento das recuperandas. Compreendi que preciso fazer mais do que faço hoje, pois há um grande trabalho pela frente e não posso desistir”.

 

AS APACs femininas

A primeira APAC feminina foi constituída em Itaúna/MG em 2002. Valdeci explicou como aconteceu: “Por muito tempo somente cuidamos dos homens presos, até que houve uma rebelião no presídio de Itaúna. Os homens arrombaram as paredes e invadiram a ala das mulheres. Roubaram seus pertences e aterrorizaram as prisioneiras. Nós da APAC masculina fomos visitá-las e me provocaram perguntando quando eu iria fazer algo para ajuda-las. Naquele mesmo dia reunimos os voluntários da APAC masculina e iniciamos a APAC feminina de Itaúna.”

Atualmente existem 8 APACs femininas em Minas Gerais, recebendo 293 recuperandas, nos regimes fechado e semiaberto. Existem outras APACs femininas em processo de implantação, sendo que as APACs femininas de Belo Horizonte e Florianópolis/SC estão mais avançadas e poderão iniciar ainda em 2019.

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9º CONGRESSO DAS APACs / 9º Congress of APACs