Doze recuperandos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Santa Luzia concluíram o Curso de Formação do Professor Alfabetizador, com duração de 160 horas (cinco meses) que os capacitou a trabalhar como alfabetizadores. Os novos professores da Associação vão receber o certificado de conclusão no dia 2 de agosto, às 10h, no Centro de Reintegração Social da Apac (Estrada do Alto das Maravilhas, 3.111, bairro Frimisa, em Santa Luzia). Os certificados, emitidos pela Inspetoria São João Bosco/Salesianos, serão entregues a Ailton Oliveira Silva, Alexandro Catarino, Derivaldo Modesto da Silva, Dione Firmino, Elias Dutra, Gilson Zeferino de Souza, Gleidson Soares Faustino, Hudson Nunes Marques, Marcelo Guimarães Santiago, Odair Lopes da Silva, Rafael Félix de Souza e Rodrigo da Silva Cruz. Dois formandos possuem o nível superior de escolaridade e os outros recuperandos, o segundo grau.
Depois da formatura, os novos professores vão atuar na alfabetização dos condenados sem escolaridade da Apac de Santa Luzia. O trabalho educacional será feito com supervisão da Brisa Consultoria. Segundo relatório de final de curso, elaborado pela empresa, alguns dos professores pretendem, após o cumprimento da pena, atuar como voluntários em programas de alfabetização de jovens e adultos.

Método

A Apac, criada em 1974, é uma entidade civil de Direito Privado, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e reintegração social de condenados a penas privativas de liberdade, sem abandonar o caráter punitivo das penas. O trabalho da Apac dispõe de um método de valorização humana e os próprios presos (chamados de recuperandos pelo método) são co-responsáveis pela sua recuperação. Eles têm assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestadas pela comunidade. A segurança e a disciplina dos presídios – conhecidos por Centros de Reintegração Social – são feitas por eles próprios, com o suporte de funcionários, voluntários e diretores das entidades, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.

O método é formado por 12 elementos, dentre eles, a espiritualidade, a valorização da família e do trabalho, como forma de evitar a ociosidade e promover a produtividade. Os recuperandos freqüentam cursos supletivos e profissionalizantes, e participam de atividades variadas.Em Minas Gerais, o trabalho das Apacs é incentivado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, através do Projeto Novos Rumos na Execução Penal e tem o apoio do Governo Estadual e do Ministério Público. É acompanhado pela 3ª Vice-Presidência do TJMG, que tem à frente o desembargador Jarbas Ladeira, através da Assessoria de Gestão da Inovação (Agin) e pelo coordenador do Projeto Novos Rumos na Execução Penal do TJMG, desembargador Joaquim Alves de Andrade .

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9º CONGRESSO DAS APACs / 9º Congress of APACs